Marcela - MaH - 21 anos - 19/03 - peixes com ascendente em gêmeos.
Trabalha na 
Baba criança cresceu...
Marcela Santander | 
28.5.04 | 
Não to nem bem, nem mal. Talvez indiferente, angustiada ou cansada. Talvez eu esteja terminando de passar por um processo de "amadurecimento" e esteja percebendo que a realidade não é nenhum conto de fadas, pelo contrário. A vida não poupa nada, nem ninguém, bem como a sociedade.
Eu preciso de dinheiro, eu preciso de um trabalho, eu preciso assumir responsabilidades, pq a situação aqui em casa, definitivamente, não é das melhores. Ao mesmo tempo eu quero meu computador de volta, que não está mais aqui comigo pq não tem dinheiro pra trocar a peça dele, o DVD também deu pau e eu tenho que terminar de assistir Cidade de Deus e Simplesmente Amor. E eu ainda preciso fumar, preciso de algo louco, uma sensação nova como há bastante tempo eu não curto.
Firmeza, talvez a vida nem seja fácil pra ninguém, mas eu to a fim de fazer alguma coisa, pq eu não posso ficar parada assistindo todos os meus sonhos e tudo o que eu quero dando um tchauzinho assim de boa pra mim.
Eu não sou assim, nunca fui. Sempre corri atrás dos meus objetivos e meu maior orgulho é sempre ter conseguido tudo o que eu queria, independente das outras pessoas. Talvez pq eu sempre fui uma garotinha mimada e que teve tudo nas mãos, não precisei correr atrás de muita coisa. Mas o que não me falta é coragem. Ou talvez falte um pouquinho. A verdade é que eu ando mais cara de pau do que eu podia imaginar (haha!), nem me reconheço de vez em quando. Whatever...
Enquanto eu não to na facul fazendo o que eu quero, talvez pinte algum trampo pra mim, né! Não com o que eu gosto (pc e design), mas qualquer coisa que me faça ganhar qualquer tipo de money. Aliás money é sempre bem vindo XD Talvez eu tenha que correr um pouco mais atrás e eu até tenha um pouco de medo de encontrar e ver que tudo na minha vida muda assim pah, drasticamente.
Talvez eu não esteja preparada pra lidar comigo, mas definitivamente eu já não sou mais a garotinha frágil e cheia de não me toques que eu fui. Ou talvez ainda seja, bem lá no funso, mas por imposições, tanto sociais quanto das situações eu não a possa ser mais, ou não a possa mostrar mais, ou simplesmente não a aceite mais.
Hoje às vezes me assusto com algumas opiniões e atitudes minhas. As calças mostrando a cueca(!), que por incrível que pareça eu ando usando, minha falta de chapinha no cabelo, minha falta de interesse por roupas e outras futilidades que antes até me animavam, mas principalmente ao ouvir meus discursos anti futilidades e anti consumismo.
Eu acredito que mudei bastante de um ou um pouco mais pra cá. Nada mais justo, talvez eu só tenha crescido, mesmo. E apesar de tantas mudanças eu me prefiro assim. Tem mais a minha cara, mesmo. Mais humana, talvez mais forte. Mas no fundo eu ainda continuo sendo a garotinha meiga, sonhadora e romântica de dois ou três anos atrás. Só não me permito transparecer nada disso...
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